
terça-feira, 27 de outubro de 2009
A Nossa Eterna Salvação

Jo 3.16
A salvação é o resultado do grandioso propósito do Deus Trino de resgatar o homem perdido.
Deus-Pai elaborou o plano da salvação;
Deus-Filho executou o plano da salvação;
Deus-Espírito Santo está aplicando a salvação.
DEUS-PAI, O PROVEDOR DA SALVAÇÃO, I Jo 3.1
A Salvação preparada para o mundo perdido nasceu no coração amoroso de Deus. Por isso, a multidão salva, vestida de vestes brancas, cantará nos céus: “Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono” (Ap 7.10). Lede: Ef 1.3,5.
No Édem, Deus o Pai, prometeu a “semente da mulher” (3.15), e fez vestimentas para o primeiro casal, (3.21).
É Deus quem nos justifica, Rm 8.33; 3.21,15,16;
É Deus quem nos regenera, II Pe 1.3,4;
É Deus quem nos santifica, I Ts 5.23.
Três aspectos que caracterizam a salvação:
Justificação: faz lembrar um tribunal: o homem culpado e condenado, perante Deus, é absolvido e declarado justo (justificado) ver 2 Co 5.21;
Regeneração: sugere uma cena familiar: a alma morta em transgressões e ofensas precisa de uma nova vida, e esta vida é lhe concedida por um ato divino de adoção. Torna-se herdeira de Deus e membro de sua família (2 Co 5.17);
Santificação: Esta palavra faz lembrar o templo, pois relaciona-se com o culto a Deus. A pessoa, depois de ter sido declarado justo e recebido uma nova vida, dessa hora em diante, dedica-se ao serviço de Deus (1 Co 1.30).
DEUS-FILHO, O AUTOR DA SALVAÇÃO, Hb 5.9
“Justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus”, Rm 3.24
Jesus riscou a cédula que era contra nós, Cl 2.14;
Jesus efetuou uma eterna redenção com seu sangue, Hb 9.11-14,22
“... Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados...”, Ap 1.5
Todos os redimidos reconhecerão que foi Cristo quem os redimiu da condenação do pecado, Ap 5.9-12.
DEUS-ESPÍRITO SANTO APLICA A SALVAÇÃO, Jo 16.8-14; 14.26; 15.26.
O Espírito Santo unge o pregador para pregar, curar e libertar, Lc 4.18,19; At 10.38;
É cumprimento de Is 10.27;
Jesus deu mandamentos pelo Espírito Santo aos Seus apóstolos, At 1.1,2;
Pedro, cheio do Espírito Santo, pode ver o maravilhoso resultado da sua pregação, At 10.41,42;
O Espírito Santo opera o novo nascimento, JO 3.5; Tt 3.5,6
OS TRÊS TEMPOS DA SALVAÇÃO
O apóstolo Paulo em Ef 2.1-10 nos mostra os três tempos da nossa salvação: passado, presente e futuro. O que éramos, o que somos e o que seremos em CRISTO JESUS.
1- No passado, o que éramos:
1.1- Estávamos mortos em ofensas e em pecados (v.1)
1.2- Andávamos segundo o curso do mundo (v.2)
1.3- Fazíamos a vontade da carne (v.3)
1.4- Éramos filhos da ira (v.3)
A ira de DEUS é uma reação natural e automática de sua santidade contra o pecado. É uma barreira espiritual que sua natureza santa e eterna mantém contra o pecado. Assim como DEUS ama, ele castiga e repreende a quem ele ama e aborrece aquele que o aborrece e lhe é infiel.
2- No presente, o que somos:
2.1- Somos filhos da misericórdia de DEUS (v.4)
2.2- Fomos vivificados em CRISTO (v.5)
2.3- Temos uma nova cidadania com DEUS (v.6)
2.4- Somos feitura de DEUS (v.10)
A transformação operada pelo ESPÍRITO SANTO na vida do pecador o recria espiritualmente, não quer dizer que retira o ESPÍRITO do homem e coloca outro novo, mas fica tão perfeito que parece que é um novo. Agora vamos fazer boas obras, não para sermos salvos ou para ganharmos reconhecimento ou prêmio, mas porque agora isso é natural em nossa vida.
3- No futuro, o que seremos:
O pecado trouxe o medo do futuro. O salvo está tranqüilo quanto ao seu futuro e preparado para ele.
3.1- Seremos a prova da obra redentora (v.7)
3.2- Seremos o testemunho da manifestação da graça de DEUS (vv.8,9)
Pela graça somos salvos, por meio da fé. Somos fala de continuidade, DEUS não nos desampara e nem nos deixa só, ele é o nosso socorro bem presente na hora da angústia.
A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO
Nesse ponto, vamos considerar se a salvação final dos cristãos é incondicional ou poderá perder-se por causa do pecado.
É possível decair da graça; mas a questão é saber se a pessoa que era salva e teve esse lapso, pode finalmente perder-se. Existem dois sistemas doutrinários: o calvinista responde que não; o arminiano (chamado assim em razão de Armínio, teólogo holandês, que trouxe a questão a debate) responde que sim. Vejamos:
[1] Calvinismo - A salvação é inteiramente de Deus; o homem absolutamente nada tem a ver com sua salvação. Se ele, o homem, se arrepender, crer e for a Cristo, é inteiramente por causa do poder atrativo do Espírito de Deus. Isso se deve ao fato de que a vontade do homem se corrompeu tanto desde a queda, que, sem a ajuda de Deus, não pode nem se arrepender, nem crer, nem escolher corretamente.
Naturalmente surge esta pergunta: Se a salvação é inteiramente obra de Deus, e o homem não tem nada a ver com ela, e está desamparado, amenos que o Espírito de Deus opere nele, então, por que Deus não salva a todos os homens, posto que todos estão perdidos e desamparados? A resposta de Calvino era: Deus predestinou alguns para serem salvos e outros para serem perdidos. “A predestinação é o eterno decreto de Deus, pelo qual ele decidiu o que será de cada um e de todos os indivíduos. Pois nem todos são criados na mesma condição; mas a vida eterna está preordenada para alguns, e a condenação eterna para outros.”
Dessa doutrina da predestinação segue-se o ensino de “uma vez salvo sempre salvo”; porque se Deus predestinou um homem para a salvação, e unicamente pode ser salvo e guardado pela graça de Deus, que é irresistível, então, nunca pode perder-se. Os defensores da doutrina da “segurança eterna” apresentam as seguintes referências para sustentar sua posição: João 10:28,29: Rom. 11:29; Fil. 1:6; 1 Ped. 1:5; Rom. 8:35; João 17:6.
[2] Arminianismo - A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos, porque Cristo morreu por todos. (1 Tim. 2:4-6; Heb. 2:9; 2 Cor. 5:14; Tito 2:11,12.) Com essa finalidade ele oferece sua graça a todos. Embora a salvação seja obra de Deus, absolutamente livre e independente de nossas boas obras ou méritos, o homem tem certas condições a cumprir. Ele pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de livre arbítrio sempre permanece.
As Escrituras certamente ensinam uma predestinação, mas não que Deus predestina alguns para a vida eterna e outros para o sofrimento eterno. Ele predestina ” a todos os que querem” a serem salvos - e esse plano é bastante amplo para incluir a todos que realmente desejam ser salvos.
V - A SALVAÇÃO É CONDICIONAL OU INCONDICIONAL?
Uma vez salva, a pessoa é salva eternamente? A resposta dependerá da maneira em que podemos responder às seguintes perguntas-chave: De quem depende a salvação? É irresistível a graça?
a) De quem depende, em última análise, a salvação? de Deus ou do homem? Certamente deve depender de Deus, porque, quem poderia ser salvo se a salvação dependesse da força da própria pessoa? Podemos estar seguros disto: Deus nos conduzirá à vitória, não importa quão débeis ou desatinados sejamos, uma vez que sinceramente desejamos fazer a sua vontade. Sua graça está sempre presente para nos admoestar, reprimir, animar e sustentar.
Contudo, não haverá um sentido em que a salvação dependa do homem? As Escrituras ensinam constantemente que o homem tem o poder de escolher livremente entre a vida e a morte, e Deus nunca violará esse poder.
APENAS O “SALVO” PODE “DESVIAR-SE”!
O desviado é uma pessoa que...
outrora tinha zelo de Deus, mas agora se tornou fria (Mt 24.12),
outrora obedecia à Palavra, mas o mundanismo e o pecado impediram seu crescimento e frutificação (Mat. 13:22);
outrora pôs a mão ao arado, mas olhou para trás (Luc. 9:62);
como a esposa de Ló, que havia sido resgatada da cidade da destruição, mas seu coração voltou para ali (Luc. 17:32);
outrora estava em contacto vital com Cristo, mas agora está fora de contacto, e está seco, estéril e inútil espiritualmente (João 15:6);
outrora obedecia à voz da consciência, mas agora jogou para longe de si essa bússola que o guiava, e, como resultado, sua embarcação de fé destroçou-se nas rochas do pecado e do mundanismo (1 Tim. 1:19);
outrora alegrava-se em chamar-se cristão, mas agora se envergonha de confessar a seu Senhor (2 Tim. 1:8 ;2:12);
outrora estava liberto da contaminação do mundo, mas agora voltou como a “porca lavada ao espoja-douro de lama” (2 Ped. 2:22; vide Luc. 11:21-26).
“... E nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”, I Tm 6.10.
A Salvação é eterna para os que obedecem: Hb 5.9; 3.14; Jo 15.6; Ez 33.13,18; Rm 11.21,22; II Pe 2.4,5
Compare o ‘se” ou condição, em Cl 1.22,23; Hb 3.6,14; Dt 30.19.
b) Pode-se resistir à graça de Deus? Um dos princípios fundamentais do Calvinismo é que a graça de Deus e irresistível.
Mas o Novo Testamento ensina, sim, que é possível resistir à graça divina e resistir para a perdição eterna (Jo 6.40; Hb 6.6; 10.26-30; 2Pe 2.21; Hb 2.3; 2Pe 1.10), e que a perseverança é condicional dependendo de manter-se em contacto com Deus.
Note-se especialmente Hb 6.4-6 e 10.26-29. Essas palavras foram dirigidas a cristãos; as epístolas de Paulo não foram dirigidas aos não-regenerados. Aqueles aos quais foram dirigidas são descritos como havendo sido uma vez iluminados, havendo provado o dom celestial, participantes do Espírito Santo, havendo provado a boa Palavra de Deus e as virtudes do século futuro. Essas palavras certamente descrevem pessoas regeneradas.
Aqueles aos quais foram dirigidas essas palavras eram cristãos hebreus, que, desanimados e perseguidos (10.32-39), estavam tentados a voltar ao Judaísmo. Antes de serem novamente recebidos na sinagoga, requeria-se deles que, publicamente, fizessem as seguintes declarações (10.29): que Jesus não era o Filho de Deus; que seu sangue havia sido derramado justamente como o dum malfeitor comum; e que seus milagres foram operados pelo poder do maligno. Tudo isso está implícito em Hb 10.29.
Antes de sua conversão havia pertencido à nação que crucificou a Cristo; voltar à sinagoga seria de novo crucificar o Filho de Deus e expô-lo ao vitupério; seria o terrível pecado da apostasia (Heb. 6.6); seria como o pecado imperdoável para o qual não há remissão, porque a pessoa que está endurecida a ponto de cometê-lo não pode ser “renovada para arrependimento”; seria digna dum castigo mais terrível do que a morte (10.28); e significaria incorrer na vingança do Deus vivo (10.30, 31).
O EQUILÍBRIO EVITA OS EXTREMOS
A ênfase demasiada à soberania e à graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada, porque se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada têm a ver com sua salvação, pode tornar-se negligente. Por outro lado, ênfase demasiada sobre a livre vontade e responsabilidade do homem, como reação contra o Calvinismo, pode trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-las de toda a confiança de sua salvação. Os dois extremos que devem ser evitados são: a ilegalidade e o legalismo.
“Como escaparemos, se rejeitamos tão grande salvação?”, Hb 2.4
AS EVIDÊNCIAS DA SALVAÇÃO NA VIDA CRISTÃ
O testemunho do Espírito Santo no nosso íntimo, Rm 8.16.
O testemunho da Palavra, At 16.31; I Jo 5.13.
O testemunho da mudança ocorrida na vida, II Co 5.17.
O testemunho da nossa consciência, I Jo 3.19,21; Rm 2.15.
O testemunho dos frutos produzidos, Mt 3.8; 7.20.
O testemunho da aversão ao pecado, I Jo 3.9
O testemunho da observância da doutrina bíblica, II Jo 9,10.
O testemunho do amor fraternal, I Jo 3.14; 4.7.
O testemunho da vitória sobre o mundo, I Jo 5.4
Pr. Elso Rodrigues
Atitudes Que Devem Ser Evitadas na Guerra Espiritual

Efésios 6.18
A Guerra Espiritual que está sendo travada hoje, não é nenhuma surpresa para o nosso Deus. Em Sua sabedoria e onisciência, Ele já fez todos os cálculos estratégicos para nos conduzir vitória! O Senhor Jesus Cristo veio a este mundo, enfrentou Satanás e o venceu! Agora temos que fazer a “operação limpeza”! As armas espirituais e a armadura de Deus fazem parte das provisões de Deus para o cumprimento de nossa tarefa. Todo o sucesso agora, só depende de nosso posicionamento espiritual. Chegou o momento de obedecermos a ordem do Espírito Santo. Ele diz: “... Para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo... E, havendo feito tudo, ficar firmes... Estai, pois firmes... Orando em todo o tempo...!”. Ef 6.11, 13, 14, 18.
Veremos neste estudo, algumas atitudes que devem ser evitadas, durante a Batalha Espiritual:
1. EVITANDO A IGNORÂNCIA. (II Co 2.10,11).
A ignorância é o instrumento mais eficaz do inimigo. Aqueles que desconhecem que está havendo uma guerra espiritual não servem de ameaça para Satanás e suas hostes malignas. Outros sabem que existe um conflito, mas desconhecem as estratégias de Deus para a nossa vitória. Essa é a razão, porque temos estudado sobre o assunto.
2. EVITANDO O MEDO. (Ap 2.10,11).
Muitos líderes cristãos temem interiormente atirar-se contra o inimigo, de uma forma mais elevada e aberta. Na intenção de não “ofender ninguém” acabamos deixando o inimigo à vontade! Fazemos tudo para não sermos “inconvenientes”. Só que, enquanto isso o pecado se alastra diante de nossos olhos. Deixamos de defender o evangelho publicamente, enquanto o homossexualismo defende sua causa aberta e descaradamente. Temos que pregar a Palavra com urgência! Não podemos ter medo da crítica, ou da censura e, nem mesmo das perseguições do diabo! At 18.9-11; I Pe 4.14-16.
Para vencermos o medo, temos que ter uma comunhão mais íntima com Aquele que venceu! Cl 2.15; Hb 2.14.
3. EVITANDO A ARROGÂNCIA ESPIRITUAL. (I Co 2.3-5).
Nesta Guerra Espiritual contra o inimigo, não podemos confiar em nossa sabedoria ou intelectualidade. No instante em que subestimarmos o poder de satanás, perdendo o respeito por ele, poderemos ser mortos. Martinho Lutero, afirmou: “Na terra não há quem se iguale a ele”! Embora não devamos ter medo dele, precisamos respeitar o seu poder!
O apóstolo Paulo foi um dos mais bem adestrado guerreiro espiritual. Através dele regiões inteiras foram libertas do poder de Satanás. Para que isso fosse possível, Deus teve que mantê-lo sob constante pressão espiritual, afim de que ele jamais perdesse a consciência de suas fragilidades, incapacidades e fraquezas. Dessa forma, Paulo viveu totalmente dependente de Deus! II Co 4.7-12; 12.7-10.
4. EVITANDO A RETÓRICA VAZIA.
O simples exercício de repetir “slogans”, em voz alta, não derrotará Satanás. Se apenas dissermos: “Trindade é do Senhor Jesus!” e cruzarmos os braços, isso não mudará nada nas regiões celestiais! Declarar vitória, sem batalhar por ela, pode ter consequências sérias. Isso é retórica vazia! Puro triunfalismo! Não existem fórmulas mágicas no cristianismo! É necessário investir tudo, para termos uma vida consagrada à Deus! A Palavra de Deus só tem autoridade na boca do homem fiel! No plano espiritual, muitas vezes, aqueles que dizem que “têm” e que “são”, nada têm e nada são! Ap 3.17. E, muitos que dizem que não “são”, recebem a honra de Deus, Ap 2.9.
5. EVITANDO AS DIVISÕES. (Jo 17.21)
Uma das estratégias mais bem sucedidas de Satanás é fazer alguns crentes pensarem que podem ser vencedores sozinhos. Ele usa a operação “dividir para enfraquecer”! Mt 12.25. Qualquer pessoa que ficar isolada da Igreja irá invariavelmente entrar no processo do vazio e esfriamento espiritual. Aqui entra também a questão, das “novas igrejas” que surgem na cidade, causando divisões aos grupos de crentes já estabelecidos. O trabalho de proselitismo é diabólico. Deus abomina qualquer pessoa que provoque divisões entre o Seu povo! Pv 6.16-19. O Diabo, porém, tem uma afeição mui especial, pelas divisões!
Todo o cristão tem que ter um compromisso sério com a sua igreja. Tem que saber que os problemas que surgem, é apenas, para provar sua fé, e, consequentemente levá-lo ao amadurecimento espiritual. Nenhum crente pode virar às costas para a sua congregação e se ajuntar a outro grupo, sem qualquer motivo que justifique! Se alguém abandonar sua igreja por mágoas ou por desrespeito aos líderes, sairá levando um pecado que não foi resolvido. Esta atitude será uma brecha aberta para satanás operar lá na frente! A derrota desta pessoa não tardará!
Paulo, fala que temos que praticar o perdão, para não sermos vencidos por satanás! II Co 2.10.
Nenhum irmão pode dizer que não precisa de sua igreja! Nenhum de nós pode sobreviver espiritualmente sem a comunhão fraterna dos irmãos! I Co 12.20-26.
Aja sempre como parte integrante da sua igreja. Não isole da comunhão! Jesus prometeu estar presente no meio da Sua Igreja!
6. EVITANDO A FALTA DE COBERTURA ESPIRITUAL. (Ef 6.18-20).
O ponto anterior nos conduz a este. A Igreja unida deve estar debaixo da liderança espiritual de seus líderes. Deus nomeou os pastores e obreiros de Sua Igreja para supervisionar as frentes de combate na Guerra Espiritual. Sem esse vínculo com os seus líderes e com a Igreja você ficará aberto e vulnerável aos ataques severos do maligno.
Paulo entendeu a importância da cobertura espiritual. Por isso rogava aos irmãos que orassem continuamente por ele e por seu ministério.
O apóstolo Pedro, sabia que era fundamentalmente importante, transferir o encargo das necessidades sociais da igreja para o corpo diaconal, e ocupar-se unicamente com a oração e o ministério da Palavra, At 6.1-4.
A função primordial da liderança da igreja é oferecer cobertura espiritual para cada membro do Corpo de Cristo!
Cada crente precisa saber que a benção explícita do pastor, além de ser uma cobertura espiritual, constitui também numa força espiritual de bênçãos sobre a sua vida!
Os pastores e obreiros, por sua vez, devem estar unidos num mesmo parecer, orando uns pelos outros!
Maturidade Cristã

Ef 4.11-16
O ideal para a vida cristã é chegar à maturidade. A vida cristã passa naturalmente por várias etapas: O novo nascimento, a infância, a juventude e a maturidade espiritual. Não há nada de errado "passar" pela "infância espiritual", e prosseguir crescendo! Mas, seria alarmante para uma mãe verificar que, depois de quatro anos o seu lindo bebê, ainda continua bebê. Isto seria uma anomalia. No âmbito espiritual é a mesma coisa. Nós nascemos de novo para crescer! Esta é a Lei da Vida – todo ser vivo nasce para o crescimento, até à maturidade.
Conforme escreveu Paulo em Ef 4.14, a principal característica do "menino" é a inconstância! Uma criança sempre "oscila de um extremo ao outro", e, jamais se firma em um "ponto de equilíbrio".
O processo para se chegar à maturidade espiritual, consiste em diminuirmos cada vez mais essa "oscilação", avançando gradativamente para uma vida de propósitos firmes e constantes.
Neste estudo, vamos analisar os quatro pontos extremos, em que a vida cristã comumente tende oscilar. São eles:
1. Emocionalismo # Racionalismo;
2. Tradicionalismo # Modernismo;
3. Legalismo # Liberalismo;
4. Fanatismo # Formalismo.
1. Racionalismo # Emocionalismo
1.1. O Racionalismo é a tentativa de se compreender tudo que diz respeito à vida cristã e a sua espiritualidade de forma intelectual. É a ênfase exagerada sobre o potencial da mente, como o único meio para empreender a busca da verdade. É o desprezo pela revelação de Deus, que tem por base as faculdades do espírito.
O cristão que tende para o racionalismo terá muita dificuldade para aceitar os milagres. E, com certeza nunca conseguirá estabelecer um relacionamento profundo com o Espírito Santo.
Paulo trata dos perigos do racionalismo nos capítulos 1 e 2 de I aos Coríntios. Vejamos alguns pontos importantes:
a. I Co 1.19 – O sentido aqui não é que Deus condene o uso da mente, absolutamente, pois foi Ele mesmo quem deu esta capacidade ao homem. O que deve ser aniquilado é o racionalismo;
b. I Co 1.26 – "Sábios segundo a carne", refere-se ao racionalismo;
c. I Co 2.4-6 – A pregação de Paulo não era baseada no intelectualismo;
d. I Co 2.9,10 – A revelação de Deus comunica conhecimentos mais profundos do que aqueles que a mente pode entender, conf. Mt 11.25;
e. I Co 2.14,15 – O racionalista é chamado de "homem natural".
2.1. O Emocionalismo tem por base as emoções e os sentimentos puramente humanos.
A vida cristã é cheia de emoções, entretanto, não está fundamentada nessas emoções. Muitos que não entendem isto, e que procuram estabelecer um relacionamento com Deus à base das emoções, começam logo cedo a ter os seus conflitos espirituais. Os nossos sentimentos mudam facilmente, e por isso não servem para arbitrar o nosso relacionamento com Deus.
O emocionalismo está presente na vida e experiência de praticamente todos os crentes recém convertidos. Eles querem encontrar Deus em seus "arrepios" e em suas "lágrimas". E quando isto não acontece, chegam até a duvidar da existência de Deus. Estão sempre procurando provas palpáveis para comprovarem suas experiências espirituais. Às vezes têm a animação para mudar o mundo todo, e pouco depois duvidam de sua própria salvação.
Em I Co 1.22, Paulo fala dos dois extremos: O Judeu emocionalista que exigia sinais para crer, e dos gregos racionalistas que exigiam explicações intelectuais.
O Ponto de Equilíbrio através do Viver Cristão baseado na Fé, Rm 1.17.
A vida cristã pela fé não exclui as emoções legítimas, nem a razão! Usamos a mente em nossa consagração efetiva à Deus, Rm 12.1,2, e a emoções são bem vindas quando acontecem como consequência dos atos da fé.
O cristão que aprende as lições do viver pela fé, alcança maturidade nas seguintes áreas:
a. Hb 3.14 - Torna-se participante de Cristo:
b. Hb 11.27 - Fica firme;
c. Hb 11.33,34 - Vence, tirando "forças da fraqueza". Conf. II Co 12.9,10
d. I Pe 5.8,9 - Resiste às tentações do diabo.
2. Tradicionalismo # Modernismo
2.1. O tradicionalismo é o apego aos costumes e lendas antigas, transmitidas de geração à geração. Conceitos ligados ao passado.
O Judaísmo da época de Jesus estava eivado de tradições humanas que não tinham nenhum valor espiritual., e, estavam em total confronto com a Palavra de Deus, Mt 15.2,3,6.
• O tradicionalismo tem, na verdade, uma aparência de humildade e sabedoria, mais é totalmente inútil do ponto de vista espiritual, Cl 2.20-23.
• Pode conduzir à hipocrisia e a adoração vã, Mt 15.7-9.
• É considerado como uma "vã maneira de viver", I Pe 1.18.
• Devemos ter o cuidado com sua subtileza, Cl 2.8.
• Paulo antes sua conversão era um tradicionalista do judaísmo, Gl 1.14.
2.2. Modernismo é a tendência para aceitar inovações. É a facilidade para adotar idéias e práticas modernas que o uso ainda não consagrou. É o extremo do tradicionalismo.
2.3. O Conflito de gerações é um fenômeno bastante comum, resultante destes dois pontos extremos: tradicionalismo e modernismo. Trata-se da dificuldade que os nossos avós e pais tiveram em aceitar os nossos comportamentos e costumes, quando éramos jovens. É o mesmo conflito que temos hoje, com relação aos nossos filhos.
Quem está correto neste conflito? – Geralmente ninguém está correto! Os pais se posicionam num extremo, e os filhos noutro: Um rejeita os valores do outro, e ambos apontam defeitos mútuos. – Isto se chama O Conflito das Gerações!
Precisamos procurar os pontos de equilíbrio, para uma autêntica espiritualidade, por exemplo:
a. Existem tradições que não podem ser rejeitadas, II Ts 2.15; 3.6;
b. Existem ensinos que não podem ser mudados, II Tm 3.14;
c. Existem fundamentos que não podem ser removidos, I Co 3.11; II Tm 2.19.
d. Nem toda novidade é a fiel expressão da verdade, II Tm 4.3,4.
e. Os métodos de pregação podem mudar, mas o Evangelho jamais pode mudar Gl 1.8; I Co 9.22.
Precisamos conciliar o "espírito conservador", com o "espírito criativo", fugindo tanto do tradicionalismo, quanto do modernismo.
3. Legalismo # Liberalismo
3.1. Legalismo é o apego à Lei, na tentativa de se auto justificar-se por meio das obras. Ênfase sobre o esforço humano em agradar à Deus.
a. O legalismo dá uma importância exagerada às normas e as regras que regem as aparências exteriores, Fp 3.4-6. Mas, para Deus as aparências não definem a verdadeira espiritualidade, I Sm 16.7; Jo 7.24; II Co 5.12: 10.7; II Tm 3.5.
b. O legalismo faz julgamentos sem amor e sem misericórdia. A exemplo de Paulo que, escudado em seu legalismo, perseguia cruelmente a Igreja, At 9.1,2;
c. O legalismo faz acepção de pessoas, Gl 2.11-14. Deus não faz, At 10.34.
3.2. Liberalismo está relacionado com a liberdade pessoal. Com o desprezo à toda a sorte de regras e disciplinas pessoais.
Assim como no legalismo a ênfase recai sobre a lei, no liberalismo a ênfase recai sobre a Graça.
É a defesa sobre uma liberdade irresponsável!
3.3. O Equilíbrio neste ponto, está nos seguintes passos:
a. Quando Paulo foi acusado de pregar sobre uma "graça irresponsável", sua resposta foi clara, Rm 5.20; 6.1-4;
b. Estamos livres do jugo da lei, Gl 5.1, porém, não devemos usar desta liberdade para dar ocasião à carne, Gl 5.13;
c. A mesma Graça que nos salva também nos ensina a viver de forma pura, Tt 2.11-14; Hb 12.28.
4. Fanatismo # Formalismo
4.1. Fanatismo é um zelo religioso excessivo, cego, intolerante. É a expressão de uma fé doentia e infantil. O fanatismo religioso tem produzido grandes tragédias na vida espiritual.
A Igreja de Corinto começou entrar pelo caminho do fanatismo. Não obstante possuir as manifestações dos dons do Espírito Santo, I Co 1.5,7, era uma igreja infantil, carnal e cheia de divisões, I Co 1.11-13; 3.1,3.
O fanatismo religioso tem aparências de espiritualidade, mas, em sua essência é totalmente mundano, I Co 5.7.
4.2. Formalismo é uma oposição a tudo o que é expontâneo e natural. Refere-se a tudo o que é programado, que obedece a regras fixas e inflexíveis.
O formalismo religioso pode privar o homem de certas experiências com Deus. Pode tornar a fé cristã fria e sem espiritualidade. Numa igreja formalista, o Espírito Santo de Deus jamais terá liberdade para realizar grandes obras.
Podemos notar esta tendência na Igreja de Tessalônica, I Ts 5.17,19 e 20.
Devemos ser fervorosos no espírito, servindo ao Senhor, Rm 12.11.
4.3. O Equilíbrio para essa oscilação é o amor.
Doutrinando a Igreja de Corinto, Paulo recomendou o amor, como a virtude espiritual de equilíbrio, I Co 12.31. Ou seja, onde há amor não haverá fanatismo nem formalismo.
Pr. Elso Rodrigues