terça-feira, 27 de outubro de 2009

A Nossa Eterna Salvação



Jo 3.16



A salvação é o resultado do grandioso propósito do Deus Trino de resgatar o homem perdido.

Deus-Pai elaborou o plano da salvação;

Deus-Filho executou o plano da salvação;

Deus-Espírito Santo está aplicando a salvação.


DEUS-PAI, O PROVEDOR DA SALVAÇÃO, I Jo 3.1



A Salvação preparada para o mundo perdido nasceu no coração amoroso de Deus. Por isso, a multidão salva, vestida de vestes brancas, cantará nos céus: “Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono” (Ap 7.10). Lede: Ef 1.3,5.


No Édem, Deus o Pai, prometeu a “semente da mulher” (3.15), e fez vestimentas para o primeiro casal, (3.21).


É Deus quem nos justifica, Rm 8.33; 3.21,15,16;


É Deus quem nos regenera, II Pe 1.3,4;


É Deus quem nos santifica, I Ts 5.23.



Três aspectos que caracterizam a salvação:


Justificação: faz lembrar um tribunal: o homem culpado e condenado, perante Deus, é absolvido e declarado justo (justificado) ver 2 Co 5.21;


Regeneração: sugere uma cena familiar: a alma morta em transgressões e ofensas precisa de uma nova vida, e esta vida é lhe concedida por um ato divino de adoção. Torna-se herdeira de Deus e membro de sua família (2 Co 5.17);


Santificação: Esta palavra faz lembrar o templo, pois relaciona-se com o culto a Deus. A pessoa, depois de ter sido declarado justo e recebido uma nova vida, dessa hora em diante, dedica-se ao serviço de Deus (1 Co 1.30).


DEUS-FILHO, O AUTOR DA SALVAÇÃO, Hb 5.9


“Justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus”, Rm 3.24

Jesus riscou a cédula que era contra nós, Cl 2.14;

Jesus efetuou uma eterna redenção com seu sangue, Hb 9.11-14,22

“... Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados...”, Ap 1.5

Todos os redimidos reconhecerão que foi Cristo quem os redimiu da condenação do pecado, Ap 5.9-12.


DEUS-ESPÍRITO SANTO APLICA A SALVAÇÃO, Jo 16.8-14; 14.26; 15.26.


O Espírito Santo unge o pregador para pregar, curar e libertar, Lc 4.18,19; At 10.38;

É cumprimento de Is 10.27;

Jesus deu mandamentos pelo Espírito Santo aos Seus apóstolos, At 1.1,2;

Pedro, cheio do Espírito Santo, pode ver o maravilhoso resultado da sua pregação, At 10.41,42;

O Espírito Santo opera o novo nascimento, JO 3.5; Tt 3.5,6



OS TRÊS TEMPOS DA SALVAÇÃO




O apóstolo Paulo em Ef 2.1-10 nos mostra os três tempos da nossa salvação: passado, presente e futuro. O que éramos, o que somos e o que seremos em CRISTO JESUS.




1- No passado, o que éramos:




1.1- Estávamos mortos em ofensas e em pecados (v.1)

1.2- Andávamos segundo o curso do mundo (v.2)

1.3- Fazíamos a vontade da carne (v.3)

1.4- Éramos filhos da ira (v.3)




A ira de DEUS é uma reação natural e automática de sua santidade contra o pecado. É uma barreira espiritual que sua natureza santa e eterna mantém contra o pecado. Assim como DEUS ama, ele castiga e repreende a quem ele ama e aborrece aquele que o aborrece e lhe é infiel.




2- No presente, o que somos:




2.1- Somos filhos da misericórdia de DEUS (v.4)

2.2- Fomos vivificados em CRISTO (v.5)

2.3- Temos uma nova cidadania com DEUS (v.6)

2.4- Somos feitura de DEUS (v.10)




A transformação operada pelo ESPÍRITO SANTO na vida do pecador o recria espiritualmente, não quer dizer que retira o ESPÍRITO do homem e coloca outro novo, mas fica tão perfeito que parece que é um novo. Agora vamos fazer boas obras, não para sermos salvos ou para ganharmos reconhecimento ou prêmio, mas porque agora isso é natural em nossa vida.




3- No futuro, o que seremos:




O pecado trouxe o medo do futuro. O salvo está tranqüilo quanto ao seu futuro e preparado para ele.



3.1- Seremos a prova da obra redentora (v.7)

3.2- Seremos o testemunho da manifestação da graça de DEUS (vv.8,9)




Pela graça somos salvos, por meio da fé. Somos fala de continuidade, DEUS não nos desampara e nem nos deixa só, ele é o nosso socorro bem presente na hora da angústia.




A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO



Nesse ponto, vamos considerar se a salvação final dos cristãos é incondicional ou poderá perder-se por causa do pecado.



É possível decair da graça; mas a questão é saber se a pessoa que era salva e teve esse lapso, pode finalmente perder-se. Existem dois sistemas doutrinários: o calvinista responde que não; o arminiano (chamado assim em razão de Armínio, teólogo holandês, que trouxe a questão a debate) responde que sim. Vejamos:



[1] Calvinismo - A salvação é inteiramente de Deus; o homem absolutamente nada tem a ver com sua salvação. Se ele, o homem, se arrepender, crer e for a Cristo, é inteiramente por causa do poder atrativo do Espírito de Deus. Isso se deve ao fato de que a vontade do homem se corrompeu tanto desde a queda, que, sem a ajuda de Deus, não pode nem se arrepender, nem crer, nem escolher corretamente.



Naturalmente surge esta pergunta: Se a salvação é inteiramente obra de Deus, e o homem não tem nada a ver com ela, e está desamparado, amenos que o Espírito de Deus opere nele, então, por que Deus não salva a todos os homens, posto que todos estão perdidos e desamparados? A resposta de Calvino era: Deus predestinou alguns para serem salvos e outros para serem perdidos. “A predestinação é o eterno decreto de Deus, pelo qual ele decidiu o que será de cada um e de todos os indivíduos. Pois nem todos são criados na mesma condição; mas a vida eterna está preordenada para alguns, e a condenação eterna para outros.”



Dessa doutrina da predestinação segue-se o ensino de “uma vez salvo sempre salvo”; porque se Deus predestinou um homem para a salvação, e unicamente pode ser salvo e guardado pela graça de Deus, que é irresistível, então, nunca pode perder-se. Os defensores da doutrina da “segurança eterna” apresentam as seguintes referências para sustentar sua posição: João 10:28,29: Rom. 11:29; Fil. 1:6; 1 Ped. 1:5; Rom. 8:35; João 17:6.



[2] Arminianismo - A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos, porque Cristo morreu por todos. (1 Tim. 2:4-6; Heb. 2:9; 2 Cor. 5:14; Tito 2:11,12.) Com essa finalidade ele oferece sua graça a todos. Embora a salvação seja obra de Deus, absolutamente livre e independente de nossas boas obras ou méritos, o homem tem certas condições a cumprir. Ele pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de livre arbítrio sempre permanece.



As Escrituras certamente ensinam uma predestinação, mas não que Deus predestina alguns para a vida eterna e outros para o sofrimento eterno. Ele predestina ” a todos os que querem” a serem salvos - e esse plano é bastante amplo para incluir a todos que realmente desejam ser salvos.



V - A SALVAÇÃO É CONDICIONAL OU INCONDICIONAL?



Uma vez salva, a pessoa é salva eternamente? A resposta dependerá da maneira em que podemos responder às seguintes perguntas-chave: De quem depende a salvação? É irresistível a graça?



a) De quem depende, em última análise, a salvação? de Deus ou do homem? Certamente deve depender de Deus, porque, quem poderia ser salvo se a salvação dependesse da força da própria pessoa? Podemos estar seguros disto: Deus nos conduzirá à vitória, não importa quão débeis ou desatinados sejamos, uma vez que sinceramente desejamos fazer a sua vontade. Sua graça está sempre presente para nos admoestar, reprimir, animar e sustentar.



Contudo, não haverá um sentido em que a salvação dependa do homem? As Escrituras ensinam constantemente que o homem tem o poder de escolher livremente entre a vida e a morte, e Deus nunca violará esse poder.



APENAS O “SALVO” PODE “DESVIAR-SE”!



O desviado é uma pessoa que...


outrora tinha zelo de Deus, mas agora se tornou fria (Mt 24.12),

outrora obedecia à Palavra, mas o mundanismo e o pecado impediram seu crescimento e frutificação (Mat. 13:22);

outrora pôs a mão ao arado, mas olhou para trás (Luc. 9:62);

como a esposa de Ló, que havia sido resgatada da cidade da destruição, mas seu coração voltou para ali (Luc. 17:32);

outrora estava em contacto vital com Cristo, mas agora está fora de contacto, e está seco, estéril e inútil espiritualmente (João 15:6);

outrora obedecia à voz da consciência, mas agora jogou para longe de si essa bússola que o guiava, e, como resultado, sua embarcação de fé destroçou-se nas rochas do pecado e do mundanismo (1 Tim. 1:19);

outrora alegrava-se em chamar-se cristão, mas agora se envergonha de confessar a seu Senhor (2 Tim. 1:8 ;2:12);

outrora estava liberto da contaminação do mundo, mas agora voltou como a “porca lavada ao espoja-douro de lama” (2 Ped. 2:22; vide Luc. 11:21-26).



“... E nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”, I Tm 6.10.



A Salvação é eterna para os que obedecem: Hb 5.9; 3.14; Jo 15.6; Ez 33.13,18; Rm 11.21,22; II Pe 2.4,5



Compare o ‘se” ou condição, em Cl 1.22,23; Hb 3.6,14; Dt 30.19.



b) Pode-se resistir à graça de Deus? Um dos princípios fundamentais do Calvinismo é que a graça de Deus e irresistível.



Mas o Novo Testamento ensina, sim, que é possível resistir à graça divina e resistir para a perdição eterna (Jo 6.40; Hb 6.6; 10.26-30; 2Pe 2.21; Hb 2.3; 2Pe 1.10), e que a perseverança é condicional dependendo de manter-se em contacto com Deus.



Note-se especialmente Hb 6.4-6 e 10.26-29. Essas palavras foram dirigidas a cristãos; as epístolas de Paulo não foram dirigidas aos não-regenerados. Aqueles aos quais foram dirigidas são descritos como havendo sido uma vez iluminados, havendo provado o dom celestial, participantes do Espírito Santo, havendo provado a boa Palavra de Deus e as virtudes do século futuro. Essas palavras certamente descrevem pessoas regeneradas.

Aqueles aos quais foram dirigidas essas palavras eram cristãos hebreus, que, desanimados e perseguidos (10.32-39), estavam tentados a voltar ao Judaísmo. Antes de serem novamente recebidos na sinagoga, requeria-se deles que, publicamente, fizessem as seguintes declarações (10.29): que Jesus não era o Filho de Deus; que seu sangue havia sido derramado justamente como o dum malfeitor comum; e que seus milagres foram operados pelo poder do maligno. Tudo isso está implícito em Hb 10.29.



Antes de sua conversão havia pertencido à nação que crucificou a Cristo; voltar à sinagoga seria de novo crucificar o Filho de Deus e expô-lo ao vitupério; seria o terrível pecado da apostasia (Heb. 6.6); seria como o pecado imperdoável para o qual não há remissão, porque a pessoa que está endurecida a ponto de cometê-lo não pode ser “renovada para arrependimento”; seria digna dum castigo mais terrível do que a morte (10.28); e significaria incorrer na vingança do Deus vivo (10.30, 31).



O EQUILÍBRIO EVITA OS EXTREMOS




A ênfase demasiada à soberania e à graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada, porque se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada têm a ver com sua salvação, pode tornar-se negligente. Por outro lado, ênfase demasiada sobre a livre vontade e responsabilidade do homem, como reação contra o Calvinismo, pode trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-las de toda a confiança de sua salvação. Os dois extremos que devem ser evitados são: a ilegalidade e o legalismo.



“Como escaparemos, se rejeitamos tão grande salvação?”, Hb 2.4




AS EVIDÊNCIAS DA SALVAÇÃO NA VIDA CRISTÃ


O testemunho do Espírito Santo no nosso íntimo, Rm 8.16.


O testemunho da Palavra, At 16.31; I Jo 5.13.


O testemunho da mudança ocorrida na vida, II Co 5.17.


O testemunho da nossa consciência, I Jo 3.19,21; Rm 2.15.


O testemunho dos frutos produzidos, Mt 3.8; 7.20.


O testemunho da aversão ao pecado, I Jo 3.9


O testemunho da observância da doutrina bíblica, II Jo 9,10.


O testemunho do amor fraternal, I Jo 3.14; 4.7.


O testemunho da vitória sobre o mundo, I Jo 5.4





Pr. Elso Rodrigues


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